Médicos de diferentes países ainda discutem sobre os riscos e benefícios de se pedir mamografias regulares a mulheres com idade entre 40 e 49 anos, já que o risco de ter a doença nessa faixa etária é menor que o da população acima dos 50.
E como diagnosticar o câncer de mama precocemente antes dos 40, então?
A resposta para essa questão não é fácil, mas pode ser resumida em duas
palavras: informação e autoconhecimento. A opinião é do oncologista
canadense Sunil Verma, professor assistente da Universidade de Toronto e
integrante do movimento Rethink Breast Cancer
(rethinkbreastcancer.com). O projeto é voltado para mulheres jovens
diagnosticadas com câncer de mama ou simplesmente preocupadas com a
doença.
“As mulheres devem ter consciência de que o câncer de mama pode ocorrer
em qualquer idade”, afirma o oncologista, que esteve semana passada em
São Paulo. O objetivo do médico não é criar pânico – afinal, o câncer em
mulheres jovens (com menos de 40 anos) é pouco comum. Segundo Verma,
representa cerca de 15% do total de casos.
Mas ter essa noção pode ser fundamental para tratar a doença a tempo,
caso ela aconteça. "As mulheres precisam de empoderamento - ter
informação, educação e saber que é preciso fazer exames de prevenção",
acredita. "Costumo dizer às pacientes que ninguém conhece melhor o corpo
delas do que elas próprias."
O principal conselho do oncologista é olhar-se no espelho, conhecer os
próprios seios e prestar atenção não apenas em possíveis caroços, mas
também mudanças na cor ou no formato nos mamilos, secreções ou qualquer
outra alteração. Essa autoconsciência é o que muitas vezes leva alguém a
detectar a doença em estágios precoces, quando há mais opções de
tratamento e chances de sucesso.
Quem possui casos da doença na família deve ter atenção redobrada, mas a
proporção de mulheres que desenvolvem câncer por causa de uma mutação
genética herdada é muito pequena.
O movimento Rethink Breast Cancer tem usado campanhas criativas para
conscientizar mulheres jovens da importância de conhecer o próprio
peito, observá-lo e tocá-lo com frequência. No ano passado, por
exemplo, lançou um aplicativo para iPhone e Android que faz rapazes
bonitões e sem camisa pipocarem na tela regularmente, lembrando a
usuária de checar os seios.
Fonte: bol.com.br
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