quinta-feira, 8 de maio de 2008

DE UMA MÃE PARA AS MÃES

Anna Carolina Oliveira e Isabela...
Mãe e Filha - Amor Incondicional...

Amor de todos os momentos...de todas as horas...Um amor pra sempre...
Faltando apenas 3 dias para o dia das mães meu coração se enche de saudades...muitas...de minha mãe (In memorian) os olhos se enchem de lágrimas só de pensar ao mesmo tempo em que um sorriso em que um sorriso se abre como prova de felicidade e gratidão a Deus por ter recebido este dom precioso. Aqui venho abrir meu coração com o mais puro sentimento para falar sobre o que sinto aqui dentro. Por incrivel que pareça o que me motiva a escrever foi o acontecimento trágico com a pequena Isabella Nardoni, pois mesmo sem conhecê-la todas as vezes que vejo suas fotos em especial com sua Mãe choro...me emociono...e uma dor invade minha alma, como se fosse sangue do meu sangue... e em minhas orações rogo a Deus para que outras Isabelas, outras Annas não sejam vitimas da violência e que nos livrai dessa dor...por tudo que estou sentido resolvi escrever esta cronica e eu te convido a ler para uma reflexão.

DE UMA MÃE PARA AS MÃES
Mãe: cada um tem a sua! Agradeço a Deus todos os dias pela mãe maravilhosa que tive (Ceição Sena) e tento ser a melhor “mãe” para os meus filhos. Tem gente que tem “a mãe que merece” e tem gente que nem merece ter mãe ou não merece a mãe que tem. Tem mãe que não merece os filhos que tem, tem mãe que “paga” pelos pecados dos filhos. Tem mãe que não merece ter filhos... aliás, nesse sentido, sofrem muito mais os filhos dessas mães incautas que são desprovidas da capacidade de perceber a importância e relevância que é o papel da mãe; da nobreza da missão dada por Deus á nos, para que sejamos a responsável por uma vida e faça o seu melhor para que essa vida se desenvolva a atinja a plenitude. Essas crianças devem aprender a se responsabilizar pela vida que irão gerar no futuro, seguindo a lógica da natureza.O grande pecado começa nesse ponto. Muitas mães não estão preparadas para o ofício, de tal modo que os filhos e filhas dessas mães (e pais) acabam não aprendendo sobre o que é criar um filho... e o caos se perpetua. Será que não deveríamos exigir uma qualificação, um exame de aptidão para quem quisesse ter filhos? Será que gerar um ser humano é menos importante do que dirigir um automóvel? Por que é que precisamos de uma “autorização legal” para dirigir e não precisamos comprovar uma aptidão mínima para educar?Penso que haveria uma redução considerável na criminalidade se os pais não pudessem ter filhos sem que, previamente, comprovassem aptidão para tal. Arrisco a dizer que a violência doméstica contra crianças seria quase anulada se houvesse essa exigência legal. Isso não nos torna inferiores aos “outros animais”? Com certeza, sim! Mas é porque somos os únicos animais capazes deste tipo de atrocidade com nossos próprios rebentos.Por outro lado, até mesmo aquelas pessoas que, em primeira análise, seriam consideradas aptas à geração de filhos, acabam por se revelar incapazes e, sobretudo, descontroladas. Serve como exemplo o caso Isabella Nardoni. O pai e a madrasta (mãe de outros dois meninos) são acusados de assassinato da filha/enteada, cuja motivação seria o ciúme da madrasta em relação ao pai da menina. Enquanto o caso não é julgado, qualquer veredicto popular é mera especulação.Inevitável que reflitamos alguns instantes sobre os sentimentos que devem permear o coração da mãe de Isabella Nardoni, tão vítima da violência quanto a própria menina, muito embora não “fatal”, do ponto de vista da saúde física, mas que sofrerá por toda a vida o ocorrido com a filha. Se Isabella estivesse unicamente com a mãe, sem o “privilégio” de visitas legais concedidas pela Justiça, ainda estaria viva e sequer conheceríamos sua história. Isabella pagou com a vida a negligência do Estado, que não se ocupa com medidas preventivas de violência, mas tão somente “edita” medidas repressivas, constitui leis e mais leis que prevêem punições para os infratores, ao invés de buscar soluções que pudessem evitar a transgressão.Quantas crianças mais serão transformadas em mártires da negligência? Tenhamos certeza: se há culpados pela morte de Isabella, somos nós, o povo. Nós que nada fazemos para promover a mudança e oportunizar um lugar ao sol para todos. Somos tão responsáveis pela morte da menina quanto quem a degolou e quem a arremessou da janela. Indiretamente nós permitimos que isso acontecesse.O Dia das Mães se aproxima e, tal como outras datas comemorativas, não significa nada além de oportunidade de “vender mais”. O abraço, o carinho, a conversa desapressada e despretensiosa entre pais e filhos não é a tônica da celebração. O presente, o telefone, o sapato, a bolsa, o suéter ou qualquer outro “produto” entregue é que suplanta o real sentido do “Dia das Mães”.Que mães? Que filhos?Nesse Dia das Mães, converse com a sua... Se não for possível, por qualquer razão, abrace alguém que é importante para você... Mas, sobretudo, não perca a capacidade de se indignar e de lutar por um mundo mais justo.Às verdadeiras mães: parabéns pelo nosso dia! E aqui deixo para reflexão de todas as mães leitoras desta coluna. Parem de “exigir” mercadorias como prova de amor... isso é absurdo! O amor não é um bem material!) Um grande beijo a todas...