“As feridas ainda estão abertas". "Nunca esta dor vai passar". Estas frases foram repetidas diversas vezes por homens que sofreram tortura, perseguição e privação de liberdade durante a ditadura militar no Brasil. E a Assembleia Legislativa foi o palco de uma reunião histórica de alguns destes homens na manhã de ontem, por motivo da 42ª Caravana da Anistia. O evento promovido pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça contou com a presença de diversas entidades que lutam pelos direitos humanos no país.
A Caravana da Anistia já percorreu outros 18 Estados, quando julgou mais de 800 casos. Aqui a comissão vai apreciar durante todo o dia outros 32 casos. Entre eles do suplente do Senado Garibaldi Alves, do ex-prefeito de Parnamirim, Agnelo Alves, e do próprio Luiz Ignácio Maranhão Filho. A pauta da 18ª Sessão de Julgamento da Caravana traz histórias pouco conhecidas como a perseguição da ditadura militar ao médico Iaperí Soares de Araújo. "Marca muito. É como uma música que fica na sua cabeça, e até você cantar ela não sai. Eu escrevi uma carta de 40 páginas contando tudo. Mas acredite, é muito doloroso. Ainda não sarou. É muito triste sofrer injustiça, e é importante corrigir estes erros", desabafou Dr. Iaperí.
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