A melhor novidade para a prevenção contra a Aids foi divulgada na semana passada, numa conferência mundial sobre a doença em Viena: um gel vaginal, chamado de microbicida, que pode ser usado sem o conhecimento do homem, deu às mulheres chance de 39% de evitar a infecção com o vírus mortal.
Obviamente, os 39% não são exatos, embora as mulheres que usaram o gel no teste sul-africano tenham obtido resultados melhores, chegando a 54% de proteção.
Depois de uma dúzia de fracassos com microbicidas, esse foi um grande alívio, e gerou aclamações e aplausos de pé pelos pesquisadores locais.
Obviamente, os 39% não são exatos, embora as mulheres que usaram o gel no teste sul-africano tenham obtido resultados melhores, chegando a 54% de proteção.
Depois de uma dúzia de fracassos com microbicidas, esse foi um grande alívio, e gerou aclamações e aplausos de pé pelos pesquisadores locais.
Houve um bônus inesperado: o gel protegeu as mulheres ainda mais contra a herpes genital (os pesquisadores não souberam especificar o motivo, mas o gel contém tenofovir, um medicamento antiviral, e tanto a Aids quanto a herpes são virais).
Agora, especialistas estão ponderando sobre as muitas perguntas levantadas pela novidade.Quantos testes mais serão necessários para ganhara aprovação dos reguladores de medicamentos?
Será que mais de 1% de tenofovir no gel, ou uma mistura de dois remédios, funcionaria melhor?Ele pode ser produzido de maneira barata o suficiente para os países pobres?
O gel custa 2 centavos de dólar por dose, mas os aplicadores saem por 40 centavos pois são patenteados e foram frequentemente redesenhados para maior conforto.
As mulheres fizeram sexo numa média de cinco vezes por mês, e foram instruídas a inserir o gel antes e depois das relações. Apenas uma dose, o que seria mais fácil e barato, funcionaria igualmente bem?
Ele pode funcionar para prostitutas, que fazem sexo com muitos homens sucessivamente? Ele é seguro o bastante para o uso diário?
Ele pode ser usado por mulheres grávidas?
Algumas mulheres engravidaram e deram à luz, mas pararam rapidamente de usar o gel para reduzir quaisquer riscos.
As mulheres que se infectaram mesmo usando o gel desenvolveriam infecções de difícil cura ou resistentes a remédios?
E, embora ele tenha sido testado em mulheres africanas pobres, ele teria apelo às mulheres ocidentais, algumas das quais podem se preocupar com herpes e Aids?
Ele também poderia funcionar para o sexo anal, e proteger homens homossexuais?
Os pesquisadores e outros especialistas afirmaram ter apenas dicas parciais para as respostas, mas que a maioria delas era animadora.
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