quarta-feira, 10 de março de 2010

(Reflexão) - CÉU E INFERNO - POR AFFONSO JUNIOR


Nossa eterna busca pela felicidade sempre esbarra na dúvida em relação ao caminho que estamos seguindo e para onde estamos caminhando? Estamos seguindo para o céu repleto de luz ou para o inferno obscuro? Queridos irmãos, não devemos fazer de nossa caminhada uma busca efêmera por simples resultados. Vamos buscar nossa felicidade e lograr êxito em nossa jornada terrena porque temos a obrigação de nos aprimorar e crescer buscando o conhecimento para que desta forma possamos ser reconhecidos como verdadeiros aprendizes nesta gigantesca e maravilhosa caminhada na busca da verdadeira luz interior.



O céu e o inferno estão dentro de nós mesmos e dependem exclusivamente de nossas escolhas, nossa fé e nosso livre arbítrio, que representa nossa melhor arma na busca do nosso crescimento verdadeiro. A preocupação do ser humano em trilhar o caminho da luz pela simples preocupação de ir para o "suposto" céu acaba por deixar a humanidade prostrada perante a imensidão de oportunidades de aprendizado. A grande verdade é que realmente teremos níveis espirituais de acordo com nossa jornada terrena e conforme o grau de maturidade, resignação e humildade de cada um. As pessoas ficam a imaginar, de acordo com seus supostos pecados, a possibilidade de frequentarem o exaustivo e maléfico inferno dada a crença na sorte definitiva da alma após a morte. Refiro-me a supostos pecados, porque muitas vezes somos julgados no plano físico, por pessoas exatamente como nós e não diretamente pelo grande criador.



Realmente acredito que uma boa auto avaliação em nossa vida, de nossos atos e pensamentos, seja mais eficaz que o julgamento dos nossos semelhantes, pois uma profunda reflexão de nossa alma seria uma verdadeira conversa com nosso criador. Como seria se após a morte de nosso corpo físico, existissem somente duas habitações? Se assim for, estaríamos sendo julgados a ocupar uma morada junto aos eleitos (céu) ou uma morada junto aos condenados (inferno). Então, estaríamos fadados a trilhar somente dois caminhos durante nossa vida terrena, o bem ou o mal e consequentemente, quando errarmos, estaríamos condenados, sem a oportunidade de realmente aprendermos e crescermos com nossos próprios erros.



O grande criador, em sua magnitude não nos daria somente duas possibilidades, pois não estaria levando em consideração os nossos diferentes graus de conhecimento, merecimento e percepção acerca dos erros e acertos a que estamos sujeitos nesta jornada. Devemos admitir muitos graus de aprendizado em nossas vidas terrenas para que possamos sonhar com a possibilidade de termos nosso progresso franqueado na evolução espiritual. Pois bem, se há progresso, não há sorte definitiva, e se há sorte definitiva, não há progresso. Jesus resolveu a questão quando disse: - "Há muitas moradas na casa de meu Pai".



Vamos observar ao nosso redor, o nosso planeta e os nossos semelhantes e certamente descobriremos que nossa jornada tem sido um caminho de duras lições e consequentemente de muito sofrimento. Sendo assim, não existe a necessidade de um lugar inferior a esse. Logicamente que cada um de nós carrega em seu interior sua essência e a faixa vibratória respectiva de sua busca. Temos que ter consciência que a vibração de nossa existência é que irá guiar nossa evolução ou nossa regressão e por isso estaremos sujeitos a habitar as diferentes casas de nosso Pai.



"Por toda a parte, enfim, há uma felicidade relativa para todos os progressos, para todos os deveres cumpridos; cada um carrega em si mesmo os elementos de sua felicidade, em razão da categoria onde o coloca seu grau de adiantamento espiritual" (Allan Kardec).

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