domingo, 16 de agosto de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA NÃO CHEGOU AO ALCANCE DOS ALUNOS DA ESCOLA PÚBLICA

Odiado por muitos e aclamado por poucos, os hífens, ao lado do trema e dos acentos diferenciais são os principais pivôs da reforma ortográfica que está dividindo a opinião de professores e estudantes. Mas, passados sete meses desde a implantação no Brasil, o próprio Ministério da Educação ainda não tomou nenhuma medida para o ensino das novas regras ortográficas nas escolas; ainda não está trabalhando na formação dos professores, não atualizou os livros didáticos e nem ao menos informou aos estados quando isso vai ocorrer. Ou seja, implantou a reforma na legislação, mas ainda não se deu conta de que é preciso começar a fazê-la na prática.

Segundo o subcoordenador de Avaliação Educacional da Secretaria de Educação do Estado, Afonso Gomes, a aplicação da nova ortografia em sala de aula já está sendo acontecendo de acordo com a sensibilidade de cada professor e a partir da curiosidade dos próprios estudantes, que têm visto as publicações da mídia sobre o assunto. "Infelizmente, o MEC ainda não se pronunciou sobre a questão do livro didático. Somente a partir da próxima compra pelo governo federal é que esse material será atualizado porque o governo não pode jogar fora todo estoque de livro que ainda tem", disse o coordenador, acrescentando que, com isso a escola pública tem enfrentado desvantagens em relação à privada, que já está trabalhando com edições atualizadas.


Para a subcoordenadora de Ensino Fundamental da Secretaria Estadual de Educação, Salizete Freire Soares, o estudante deverá receber o livro didático atualizado somente em 2011, mesmo as escolas tendo a obrigação de trabalhar com a nova ortografia já a partir de 2010. "O livro didático é substituído a cada três anos. O atual teve licitação em 2007 e somente haverá outra no próximo ano. Em 2011 é que sairá a renovação total, a chamada grade cheia, quando deverão ser contempladas as novas normas ortográficas".











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