Os criadores de caprinos, ovinos e bovinos da Chapada do Apodi e municípios adjacentes participam hoje e amanhã da 5ª etapa do Oeste Leite e Exposição Agropecuária, que em todas as suas edições tem superado as expectativas dos organizadores.
O secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), Francisco das Chagas Azevedo, confirmou a participação no órgão que dirige na etapa de Apodi do Oeste Leite e determinou à Coordenadoria de Eventos e Comunicação (CECOM) agilizar as providências no sentido de instalar a infraestrutura, que contará com dez estandes, quatro tendas para a realização do festival de gastronomia, técnicos para acompanhar o torneio leiteiro e a realização de shows culturais.
Francisco das Chagas observou que o evento recebe incentivos da Sape para se transformar numa exposição mista, dada a manifestação da Secretaria Municipal de Agricultura de Apodi de sediar uma exposição maior nos próximos anos.
Ele ressaltou que a participação do Projeto Aprisco, conveniado com a Sudene, serviu para melhorar ainda mais os rebanhos de caprinos e ovinos da região, o que possibilita a cada ano a exposição de animais de melhor qualidade genética.
Para o secretário municipal de Agricultura, Eron Costa, e o presidente da Associação de Fomento a Caprinoovinocultura (ASFOSCO), Antônio Evandir de Souza, a etapa de Apodi vai ganhar um novo ingrediente que é a reformulação do Parque de Exposições localizado às margens da BR-405 que está sendo feita com recursos próprios, o que vai permitir aos criadores serem acolhidos com a garantia de bons apriscos e currais e locais de torneios leiteiros melhor edificados.
Antônio Evandir também confirmou a participação intensiva de cursos promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), o braço educativo da Federal da Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (FAERN).
Um dos cursos promovidos pelo Senar será o de derivados do leite que produzirá, ao final do curso, comidas para serem degustadas pelos visitantes e, ao mesmo tempo, haverá a participação de restaurantes da cidade na apresentação de comidas feitas a partir de carne de caprino e ovinos, numa espécie de festival gastronômico.
Francisco das Chagas frisou a importância da parte cultural dos eventos realizados pela Sape. Para demonstrar essa preocupação, a Secretaria estará participando com apresentações do mamulengo de Heraldo Lins, do repente de Manoel do Côco e do forró pé de serra de Chiquinho do Acordeon e os Potiguares.
Desde 2003 o número de eventos agropecuários que contam com incentivos do Governo de Vilma de Faria saiu de 12 para 43, onde está sendo investido cerca de 1 milhão e 800 mil reais na produção, realização, participação de técnicos e montagem de infraestrutura.
Segundo o secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Francisco das Chagas Azevedo, é esse incentivo que vem sendo dado que está possibilitando a quebra de recorde no volume de negócios realizados com perspectiva de se chegar ao final do calendário, quando acontece a Festa do Boi, com um volume de negócios da ordem de 180 milhões de reais, uma nova quebra de recorde se comparados aos anos anteriores que chegaram a 150 milhões de reais.
Este ano, os cinco maiores eventos - as exposições de São Paulo do Potengi, de Caicó, de Currais Novos, Expofruit e Fenacam - quebraram seus recordes com destaque para Caicó que saiu de cerca de 2 milhões ano passado para 5 milhões e 400 mil reais este ano. Todo o Circuito Estadual de Eventos Agropecuários já soma negócios realizados próximo dos 70 milhões de reais.
Francisco das Chagas ressalta que isso também se deve ao empenho do Governo do Estado de retirar o Rio Grande do Norte da área de risco desconhecido da febre aftosa, cujo esforço foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura, que atribui o status de médio risco com vacinação, o que permite os animais do Estado cruzarem fronteiras em todo o País.
Para tanto, foi necessário um esforço grande no sentido de adequar o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN), com contratação de mais de 90 profissionais, duplicar as unidades locais de Saúde Animal e Vegetal (ULSAV) de seis para 12, equipar os escritórios e contar, principalmente, com a participação dos criadores que também continuam fazendo sua parte, que é vacinar os animais e declarar o rebanho logo após a vacinação.
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